sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Reestruturação do sistema de transporte já apreendeu 1.047 vans em cinco meses

07 de fevereiro de 2019 - 23:42h - Por PMRJ/Ferreira Netto
Vans apreendidas. Foto: Michel Filho/Prefeitura do Rio
RIO - A Prefeitura do Rio de Janeiro vem tomando medidas para fortalecer o sistema BRT desde 2017. Para se ter uma ideia, nos últimos cinco meses, após reestruturar a fiscalização de vans e kombis pela Coordenadoria Especial de Transporte Complementar, foram apreendidos 1.047 veículos ilegais que atuavam no transporte clandestino de passageiros, causando evasão de potenciais usuários do BRT. Isso significa uma média de seis veículos apreendidos por dia.
 
Esse resultado é ainda mais impressionante quando comparamos esses cinco meses com todas as apreensões feitas em 2017: alta de 135%. Foram 447 em 2017, contra 1.047 de agosto de 2018 a janeiro de 2019.

Os dados são da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) e refletem os esforços da administração municipal para reordenar o transporte público da cidade e combater a concorrência desleal dos piratas às empresas de ônibus. O prefeito Marcelo Crivella diz que o combate ao transporte ilegal era um pedido antigo dos consórcios que operam o BRT:
  
- Os diretores do BRT diziam que em parte da Zona Oeste o sistema não tinha viabilidade econômica porque havia muitas vans piratas. Esse era o principal argumento deles para dizer que o sistema não funcionava bem. Nos últimos meses, já apreendemos mais de mil vans piratas. E o BRT não abriu uma estação sequer - disse o prefeito.
  
Para o secretário de Ordem Pública, Paulo Amendola, o resultado das operações contra as vans ilegais e irregulares é uma prova do sucesso das ações da Prefeitura para organizar o sistema de transporte como um todo:
  
- Além de trazer mais segurança de mobilidade aos usuários do sistema e aos permissionários na oferta dos serviços, a fiscalização reprime o transporte ilegal pirata, contribuindo, indiretamente, para o equilíbrio financeiro das empresas que compõem o sistema. Efeito semelhante ao do combate ao comércio irregular para com os estabelecimentos legalizados – disse o secretário.
  
Ele lembra que os riscos da população ao utilizar o transporte pirata são vários, como a falta de cobertura da apólice de seguro de responsabilidade civil em caso de acidentes. Em geral, as vans piratas apreendidas estão em mau estado de conservação.
  
O combate à pirataria e a diminuição da concorrência desleal das vans contribuem para o equilíbrio financeiro das empresas de ônibus e, consequentemente, para a melhoria dos serviços prestados à população. Pesquisa conduzida pela Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) e a Controladoria Geral do Município (CGM), aliás, traz dados que atestam a evolução desses serviços. Vamos aos números:
 
1) No quesito Conforto, 90,55% das avaliações consideraram o serviço bom/regular;
 
2) No quesito Segurança, a aprovação foi de 80% nos itens câmeras de segurança, anjo da guarda e forma segura de condução;
 
3) No quesito Confiabilidade, a regularidade e qualidade do serviço superaram os 80% como positivo.
  
Além disso, nos últimos 2 anos, o percentual de ônibus climatizados subiu de 42% para 61%. A meta é chegar a 2020 com 100% da frota climatizada e com internet.

OPINIÃO DO EDITORIAL
Ferreira Netto - jornalistaferreiraneto@gmail.com

Acreditamos que o prefeito Marcelo Crivella se equivocou em relação ao transporte coletivo no Rio, o que vemos são ônibus sucateados, cheios de baratas, com bancos quebrados, pneus carecas, até o vidro do para-brisa de alguns coletivos da Zona Oeste do Rio já foi flagrado circulando trincado, além da instição de várias linhas que deixaram de circular, são salários de funcionários atrasados, várias empresas falidas só nos últimos 2 anos. Em determinadas regiões, se não fosse o transporte alternativo quero dizer "as Vans", moradores não teriam condições de locomoção por falta de ônibus.

Uma outra realidade é o descumprimento por parte dos empresários das empresas de transporte publico, que já deveriam ter suas frotas todas climatizadas, no entanto o prefeito sita que 61% dessa frota que transita no município do Rio já está climatizada, porém não é o que o Ministério Publico intende e muito menos a sociedade, acreditamos que o prefeito precise passar a andar de ônibus para ver como é o sufoco do trabalhador que depende desse meio de transporte, principalmente no que se refere aos BRTs que só circulam superlotados colocando a vida de passageiros em risco, vivem quebrando no meio dos trajetos percorridos, a prefeitura não possui um sistema de fiscalização contra vandalismo e até a circulação dos BRTs superlotados com usuários no teto do lado de fora dos mesmos ou trabalhadores espremidos na porta aberta desses coletivos.

Prefeito Marcelo Crivella, seria importante parar de defender os milionários donos de consórcios e de empresas do transporte publico e passar a defender a sociedade que sofre amargamente todos os dias para ir e vir de seus trabalhos, uma promessa de campanha que o senhor frisou várias vezes e tem deixado de cumprir.

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