quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

O amor pela profissão faz toda a diferença em clínica de Nefrologia

Publicado às 11:18h - 20/02/2019 - Por Nelson Ferreira - Folha Kariocas - Rio de Janeiro 
Reusista da Clínica de Nefrologia Nefro Queimados Carlos - (Foto: Nelson Ferreira)
BAIXADA FLUMINENSE - Fazer hemodiálise é um processo muitas das vezes, longo e doloroso, em alguns casos o paciente renal precisa fazer a hemodiálise durante toda a vida, outros conseguem “se livrar” do processo. Mas entre esse processo de idas e vindas à uma clínica de nefrologia, o paciente renal conta com muitos profissionais entre enfermeiros(a), psicólogos(a), médicos, atendentes; mas um em especial, tem um grande papel nestas unidades de tratamento para pacientes renais, o Reusista. Profissional pouco conhecido o reusista é responsável pelos cuidados com o dialisador. O reuso deve ser realizado pelo técnico de enfermagem devidamente experiente e treinado com utilização de equipamentos de proteção individual (óculos, máscara de gases, avental de manga comprida, luvas de borracha, touca e bota de borracha).
Reusista da Clínica de Nefrologia Nefro Queimados Carlos - (Foto: Nelson Ferreira)
O Jornal Folha Kariocas esteve na clínica Nefro de Queimados e conversou com um desses profissionais reusista da mesma, em uma entrevista.

Nelson Ferreira - Carlos como você iniciou na profissão de reusista?

Carlos - Meu primeiro trabalho em uma clínica de Nefrologia foi em 1986 e eu exercia o cargo de boy da clínica. Depois de um tempo, então, já em uma outra clínica, trabalhava como faxineiro. Durante o período que fiquei como faxineiro, comecei a estudar e fiz o curso de reusista.

Reusista da Clínica de Nefrologia Nefro Queimados Carlos - (Foto: Nelson Ferreira)
Nelson Ferreira - Após concluir o curso, foi difícil conseguir trabalho na área?

Carlos - Não vou dizer que foi fácil, pois tudo fácil não dura muito tempo. Bom, meu primeiro trabalho como reusista foi na clínica Dom Bosco em 1988 e de lá até hoje exerço minha profissão.

Nelson Ferreira - Além da clínica Dom Bosco, até chegar na Nefro Queimados, quais outras clínicas você já deixou um pouco de sua experiência como reusista?

Carlos - Bom, só na Dom Bosco fiquei durante dezenove anos. Na Renaford estive durante oito anos, na Policlínica de Coelho da Rocha estou há um ano e na Nefro há cinco anos.

Nelson Ferreira - Estar nesta profissão tão pouco conhecida é um orgulho para você?

Carlos - Sim., muito. Saber que meu trabalho contribui para que o paciente tenha um pouco mais de esperança em um processo tão doloroso como a diálise, me deixa muito feliz.

Nelson Ferreira - Trabalhar com pessoas, principalmente na área da saúde, é um desafio tanto profissional como emocional. Que impacto isto causou em sua vida?


Carlos - Posso dizer que algo muito positivo, pois faço o que amo, e isso é muito gratificante. Ver os pacientes fazendo hemodiálise e se sentindo bem, mesmo sendo um processo difícil, como já havia mencionado antes, é algo que só quem convive compreende.

Nelson Ferreira - Considerações finais.

Carlos - Quero agradecer a Deus e a psicóloga Neiva Trindade, por esta pequena entrevista. Se não fosse a a insistência dela muitas pessoas não saberiam.

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